Parece que Battlefield 3 e Modern Warfare 3
Mas antes de ele justificar por que Battlefield 3 pode se dar melhor que Modern Warfare 3, Kevin mostrou um pouco do jogo rodando em um PlayStation 3.
Nessa cena, O’Leary guia um soldado por um prédio em direção a um pátio onde sua equipe está sendo atacada por inimigos posicionados nos prédios vizinhos. À primeira vista, esse é só outro game de tiro moderno. Mas aí eu noto que os disparos do soldado vão arrancando lascas do muro baixo onde um terrorista está se escondendo. A fidelidade visual e auditiva do jogo é impressionantemente diferente de Modern Warfare, é muito mais realista.
Mas ainda não é o bastante para mostrar o que separa um Call of Duty de um Battlefield. É no multiplayer, o feijão com arroz da maioria dos games atuais do gênero, que vem a diferença de verdade.
Um fã do modo online de Battlefield 3 pode não gostar de Modern Warfare 3 e vice-versa. Cada um exige habilidades diferentes do jogador – uma diferença sutil, mas significativa.
Eu menciono isso para O’Leary. Não acho que os dois jogos sejam competidores, pelo menos não para quem joga. Ele concorda, assim como o faz Patrick Bach, produtor do jogo, que já havia mencionado no passado que o novo BF não queria ser Modern Warfare.
“O foco do nosso jogo é na experiência de campo de batalha. Mesmo que não seja em um mapa grande, vai parecer um mapa grande”, diz O’Leary quando eu peço para que ele explique como as pessoas podem perceber essa diferença. “Nós te damos tantas ferramentas; você pode escolher veículos, armas e classes”.
Essas escolhas influenciam diretamente a jogatina online. Se você escolher uma classe armada com um lança-foguetes porque quer derrubar tanques, e não existem tanques no mapa, você vai querer mudar de profissão.
A destrutibilidade de cenários e de veículos também tem um impacto crucial na sensação de guerra. O resultado final é um jogo de tiro que, no seu âmago, parece trazer uma abordagem de guerra muito mais ampla e guiada por objetivos, em vez de focar só nas batalhas de infantaria. Isso não faz nenhum dos jogos melhor ou pior. Só diferentes.
E num primeiro momento, O’Leary parece concordar com essa ideia, dizendo que esse será um “ano fantástico” para os jogadores por terem tantas opções disponíveis. “As pessoas podem escolher esse ou aquele FPS, ou dizer ‘Eu quero os dois’?” ele diz. “Esperamos que muitas pessoas escolham os dois”.
Aí o representante menciona um termo que eu nunca tinha ouvido antes: “Ultra-hit buyers“. Essa é a grande vantagem de Modern Warfare 3 nessa competição entre não-competidores. Eu o interrompo e peço para que ele explique o que acabou de dizer.
“Ultra-hit buyers”, ele diz, são aquelas pessoas que compram um jogo só porque ele é imensamente popular ou porque seus amigos compraram, e não necessariamente porque é a melhor opção do mercado. É a opinião dessas pessoas que a Electronic Arts quer conquistar com Battlefield 3. Tirar o interesse deles de Modern Warfare 3 e trazê-lo para o jogo da EA é o jeito de virar essa guerra.
“Queremos conquistar o pessoal hardcore que pode estar em cima do muro”, diz ele. “Queremos fazer isso com a Frostbite 2“.
Frostbite 2 é a “engine” que move Battlefield 3 – a mesma que traz cenários destrutíveis, qualidade gráfica impressionante e, infelizmente, uma taxa de quadros por segundos menor nos consoles caseiros do que Modern Warfare.
Em um computador, ambos os jogos rodam a 60 quadros ou mais, mas Battlefield cai para 30 no PlayStation 3 e no Xbox 360.
“Não nos importamos com números. Nos importamos com a experiência”, define ele.
Battlefield 3 vai para a guerra no espírito de 'fair play'
5:36 PM
Mbokne Ancok
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