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Compra da Motorola pelo Google vai mudar celulares asiáticos





Compra da Motorola pelo Google vai mudar celulares asiáticos



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Fabricantes de smartphones podem voltar a apostar no sistema da Microsoft



Os fabricantes asiáticos de celulares que usam o sistema operacional Google Android podem se voltar a plataformas rivais como o Windows, da Microsoft, agora que o Google alterou radicalmente o cenário na telefonia móvel ao comprar a Motorola Mobility por cerca de R$ 20 bilhões (US$ 12,5 bilhões).

A HTC, de Taiwan, e a Samsung Electronics, da Coreia do Sul, venderam milhões de aparelhos equipados com o sistema operacional aberto Android, o que colocou o Google na liderança do florescente mercado de software para dispositivos móveis.

Mas a aquisição da Motorola pode transformar o Google de parceiro em concorrente para as mais de 30 empresas que utilizam o Android em seus aparelhos.

Francisco Jeronimo, analista do grupo de pesquisa IDC, comentou o impacto da compra.

- O acordo fará com que a maioria dos usuários do Android perceba o quanto depende do Google e com que rapidez os planos do Google podem mudar seus negócios.

Wall Street rapidamente apontou a Microsoft como uma das beneficiárias da transação, dado o potencial de que o Windows se beneficie caso a aquisição aliene os outros fabricantes de celulares que dependem do Android.

O Android detinha 43,4% do mercado de celulares inteligentes no segundo trimestre, à frente dos 22% da Nokia, de acordo com dados do grupo de pesquisa Gartner. A Apple vinha em terceiro lugar com 18%.

As ações dos fornecedores asiáticos da Motorola dispararam com a notícia.

A Foxconn International Holdings, maior fabricante terceirzada de celulares no planeta, que tem a Motorola como cliente, exibiu alta de até 17%, contra a perspectiva de novos negócios gerados pela aquisição.

As ações da Compal Communications e Arima Communications estiveram entre as diversas fornecedoras da Microsoft que atingiram o limite diário de 7% de alta ou baixa da bolsa de Taiwan.

Bonnie Chang, analista da Yuanta Securities, em Taiwan, disse que a Motorola deve ser ajudada pelo Google.

- Todo mundo está apostando que a Motorola reverterá sua situação. A Motorola receberá mais ajuda do Google para promover seus aparelhos Android, depois da aquisição. Companhias de produção terceirizada como a Foxconn International e a Compal Communications serão as mais beneficiadas em termos diretos.

Guarda-chuva

Alguns corretores, como a empresa Nomura, afirmaram que a compra da Motorola pode ser uma forma do Google oferecer assistência aos fabricantes que usam o Android.

- Suspeitamos que o Google agora vá tentar oferecer um guarda-chuva à comunidade Android, com proteção de propriedade intelectual contra rivais importantes como a Apple e Microsoft. É mais ou menos assim que a Microsoft protege o Windows Phone. Não acreditamos que o Google planeje continuar produzindo celulares em longo prazo, mas sim que pretenda transferir o negócio a um de seus parceiros no Android, como a Huawei, LG e ZTE, por exemplo.

Em termos mundiais, a HTC havia ganho vantagem por ser a primeira empresa a lançar um celular Android, e isso a deixa mais exposta a qualquer mudança no cenário.

Quase todos os seus aparelhos operam com o Android, mas a empresa tem uma parceria estratégica de longo prazo com a Microsoft.

A HTC havia anunciado em maio que planejava lançar novos celulares com a nova versão do Windows Phone, desenvolvida sob o codinome Mango. A companhia disse que a aquisição da Motorola não afetaria sua parceria com o Google.

- É um desdobramento positivo para o ecossistema Android, e o vemos como benéfico para a promoção de celulares Android pela HTC. A parceria entre a HTC e o Google continua forte e não será afetada pela transação.

Algumas das empresas chinesas de rápido crescimento, tais como a Huawei Technologies e ZTE também apostam no Android.

A Huawei, conhecida por seus celulares baratos, quer reproduzir no mercado de smartphones o sucesso que conquistou no segmento de equipamentos para telecomunicação, encarando rivais como Nokia, Apple e Samsung.

A Samsung conquistou o segundo lugar entre os fabricantes mundiais de smartphones no segundo trimestre, com 19,2% do mercado. A HTC vinha em quinto lugar, com 12,1%, de acordo com a Strategy Analytics. A Apple é líder de vendas no segmento de smartphones.


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